quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Presente para Fah (rofa)

na verdade... o presente foi meu...

você.
obrigado por todo o apoio,
mesmo que as vezes você o tenha dado sem saber.
nossas confidências e desabafos
nossas dores do mundo
nosso mundo.

Às vezes as coisas são difíceis, minha amiga
Mas você sabe enfrentar a beleza dessa vida
Adoro dizer seu nome:

Fah

você é minha alma, só que ruiva.

só tem um gosto musical e literário duvidoso,
mas quem disse que isso importa?
a cumplicidade é o que importa,
a (tentativa) de felicidade
é o que impórta.

a nossa.
e a do mundo.

Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
E, pra ser honesto,
Só um pouquinho infeliz...

O mundo, o futuro, a liberadde,
a expressão, a mudança, todos,
tudo, é nosso.
Cabe a nós.

Eu, você, e mais alguns loucos.
é nosso.

Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!...

meu bem, minha querida,
obrigado pela amizade,
pelas conversas,
pelas lagrimas,
pelo corpinho,
pelos cachos,
pela amizade,
pelas conversas,
pelo apoio,
pela confidência.

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

uma verdade

"não garanto ser o mais amigo,
nem o que diz as coisas certas,
nem o mais apaixonado,
o mais divertido,
o mais simpático.

não garanto ser o mais sincero,
nem o mais fiel.
Garanto apenas que serei o mais intenso,
sempre."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

vamo acordar... vamo acordar...

Fico pensando como a grande maioria das pessoas consegue ver um filme, ouvir uma musica, e ainda serem os mesmos....

E não estou falando de filmes bobinhos, de musicas melosas....

Como ser o mesmo de assistir Carandiru, Cidade dos Homens, Cidade de Deus, Bicho de 7 Cabeças, Os 12 Trabalhos os nos Tropas de Elite... ?

Como continuar com o mesmo pensamento mesquinho perante a vida depois de ver O Jardineiro Fiel, V de Vingança, Clube da Luta ou mesmo A Corrente do Bem... ?

Confesso que depois que consegui compreender as musicas do Legião Urbana, e um tempo depois, da Violins, nunca mais fui o mesmo, nem pensei da mesma forma...

Será que um dia toda essa merda de mundo vai mudar?

As chances de abrir os olhos estão sempre ai, cabe a nós permanecer com essa inocência de mundo verde e rosa, ou alguma hora sair pra luta...

A minha não tardará a começar... planeje a sua.

// O título desse post não vem de uma música do Chico Buarque, nem de nenhum grande ícone da musica mundial ou brasileira....

Essa é uma música poesia de uma das bandas que mais sofrem preconceitos nesse país hipócrita...

reveja seus conceitos...



Sou mais você

"Vamos acordar, vamos acordar, porque o sol não espera demorou, vamos acordar,
o tempo não cansa ontem a noite você pediu, você pediu....

uma oportunidade, mais uma chance, como Deus é bom né não nego??
olha aí, mais um dia todo seu, que céu azul louco hein?

amos acordar, vamos acordar...
agora vem com a sua cara, sou mais você nessa guerra, a preguiça é inimiga da vitória,
o fraco não tem espaço e o covarde morre sem tentar.

Não vou te enganar, o bagulho ta doido e eu não confio em ninguém, nem em você, os inimigos vêm de graça, é a selva de pedra, eles matam os humildes demais, você é do tamanho do seu sonho, faz o certo, faz a sua, vamo acordar, vamo acordar, cabeça erguida, olhar sincero, ta com medo de quê?

Nunca foi fácil, junta os seus pedaços e desce pra arena, mas lembre-se: aconteça o que acontecer nada como um dia após outro dia.
"
Racionais Mc's

namastê.

segunda-feira, 2 de março de 2009

16 horas

O braço um pouco de lado, era difícil enxergar com tão pouca luz, mesmo assim o costume foi mais forte, 04:57...
Estava atrasado, e não conseguia se conforma com o quanto.

Pegou a vela e o fósforo...
Agora sim podia enxergar bem mais do que a fraca luz deixava antes.
Três bacias de água na cabeça e metade de meio pão amanhecido com muito café amargo, era só isso o que João precisou antes de ir saindo.

Mais uma olhada no relógio, 05:20, por um belo instante vira o quão belo estava mais aquele amanhecer...
Foi um momento fulgaz, não muito comum à ele.

"Desperta João", pensou ele enquanto as casas de tijolos, e ja alguns prédios, lhe avisavam que já havia saido de seu território...
Seu rodo e sua garrafa dali em diante não o identificariam mais como trabalhador.
Os senhores iriam olhar pelo canto dos olhos e levantar os vidros enquanto as senhoras esconderiam suas bolsas...

Chegara a área da cidade incrivelmente cedo, pois o relógio ainda marcava 06:43, talvez estivesse quebrado? Mas durante toda a caminhada o relógio fez fielmente seu digno trabalho.

Tratou logo de encher a garrafa no banheiro da lanchonete que acabara de abrir.
"Hora de trabalhar"...

Meteu a mão no bolso, 09:05 e apenas 7 moedas. Ainda bem que não tinha filhos, senão ja os teria matado de fome.
Pedir dinheiro? Nunca. Sua falecida mãe lhe ensinara a trabalhar desde cedo, pena que as outras pessoas não aceitavam o certificado da vida...

A fome começava a bater, o sol ja passava do meio do céu.
Estava sendo um bom dia Ja conseguirá o do lanche e mais umas 3 moedas.
Talvez os motoristas de barriga cheia quizessem amenizar um pouco o vazio que havia na sua...

O sinal fechou, dedo levantado... o senhor do carro grande não se manifesta, é aqui mesmo.

Joga água, passa rodo, joga mais um pouco, de novo o rodo, pronto! estava maravilhado com tão belo trabalho. Nunca havia feito mal a ninguém, fazia um trabalho que profético, o de abrir a visão do caminho para as pessoas, e mesmo assim, estas o tratavam como bicho. Agora aquele vidro havia ficado perfeito, nem uma gotícula de água restara...

Nem bem chegou perto do vidro para receber sua tão merecida recompensa e o carro avançou...

Depois de quase ser atropelado por pensar demais resolveu se concentrar mais em sua arte.

Estava agora tentando completar o da passagem de volta, eram quase 09:00hs e não podia perder o Expresso, o unico que passava perto de sua casa.
Conseguiu na ultima lavagem.

Resolveu correr para não perder o ônibus, mas ao mesmo tempo mudou de idéia ao lembrar que naquela hora, com aqueles trajes, ele só poderia ser um ladrão.

Sinal vermelho novamente, foi para a faixa mais uma vez, porém agora não iria a trabalho estava apenas a atravessá-la como qualquer outro cidadão. Seria ele igual a qualquer outro cidadão?
Seria ele igual a todo João? As vezes se imaginar igual a maioria o emocionava...

Mas o ônibus ja ia sair, tinha que se apressar, atravessou a ciclovia, o sinal ainda estava fechado do outro lado, era melhor correr.

Correu. Não tanto quanto o motorista do carro grande...
Garrafa...
Rodo...
Um corpo estendido...

Mais um João jogado ao chão, o braço em uma posição estranha e meio de lado mostrava o relógio, eram 08:57.